quarta-feira, 21 de julho de 2010

BLOG: 1001 VIDEOCLIPS PARA VER ANTES DE MORRER


O rock veio das AMS e ajudou a formatar o terreno das FM´s segmentadas. Quando surgiu o videoclip, veio a revolução que faria da televisão o palco para uma nova e colorida geração pop! O videoclipe se tornou um elemento essencial na divulgação de bandas e cantores. A MTV foi a causadora de toda essa revolução, a sua programação era recheada de videoclips que melhor representaram a então, nova geração: os yuppies, uma galera que apenas queria se divertir, curtir a vida sem a preocupação pela paz mundial, proposta pelos, então, ultrapassados hippies. No dia 1° de agosto de 1981 era inaugurada a era do videoclip
E ele tem uma importância fundamental na cultura popular mundial, criou moda, estilos, assustou (thriller), fez pensar (do the evolution) e depois de Michael Jackson, o videoclip se tornou fundamental na divulgação de um artista. Desde então infinitas bandas surgem com videoclips super criativos, cheios de imaginação e que marcaram época. Um bom exemplo é o video de take on me do A-HA. Quem pode esquecer a história romântica contada por meio de uma mistura de animação em preto-e-branco com imagens reais coloridas? E o caso do Eurythmics e seu video de sweet dreams, um dos melhores exemplos de música inseparável de videoclip.
A proposto do BLOG é apresentar uma seleção de 1001 videoclips para ver antes de morrer, desde os primórdios dos anos 60, quando eram pobres produções promocionais ou performances chatas ao vivo de artistas desde a sofisticação promovida pelos revolucionários e impactantes vídeos de Michael Jackson.
Em 1001 VIDEOCLIPS PARA VER ANTES DE MORRER apresento uma rica seleção de videoclips mais inesquecíveis de todos os tempos, abrangendo desde o rock n´roll dos anos 60 aos discutíveis anos 00. Esse blog vai guiar você por diferentes tendências e estilos visuais e mostrar o poder do videoclip e os sentimentos que ele causou em toda uma geração! Cada clip citado é contextualizado historicamente com comentários sobre os bastidores e curiosidades das gravações e/ou a vida dos artistas. Você vai encontrar alguns dos seus videos preferidos e descobrir muitos outros que merecem ser conhecidos



terça-feira, 20 de julho de 2010

Música africana (parte 1): Graceland - Paul Simon

       Paul Simon é um artista norte americano, que fez muito sucesso na década de 60 quando fazia parte da dupla Simon & Garfunkel, ao lado do parceiro Art Garfunkel, entre seus maiores sucessos estão, the sounds of silence, bridge over troubled water e mrs Robson. Nos anos 70, Simon seguiu carreira solo, sempre lançado discos interessantes como Paul Simon (1974) e Heart and Bones (1982), mas foi com Graceland  que o cantor obteve seu maior êxito comercial.
      Lançado originalmente em 1986, graceland é um belíssima homenagem a música africana. Com participações maravilhosas de Miriam Makeba (em “Under african skies”) e Ladysmith Black Mambazo (em “Diamonds on the soles of her shoes”), entre outros artistas africanos, o álbum foi um sucesso enorme e ganhou o Grammy de melhor álbum do ano, vendendo 14 milhoes de cópias.
Paul Simon

        O repertório conta com 11 canções de puro bom gosto e brilhantismo, mesclando ritmos africanos com uma sonoridade mais pop. Conta com participações de músicos da África da Sul, Senegal, Nigéria, Malawi e Zimbabwe. Alem disso é considerado um dos pilares do que ficou conhecido como World Music – estilo musical popularizado por Peter Gabriel, David Byrne e Sting.
        Um dos destaques de Graceland é o equilíbrio entre uma sonoridade mais pop com ritmos africanos, com vocais a capella, percussões a base de acordeon alem de participações de artistas africanos como a mama áfrica Miriam Makeba. Na verdade, o álbum foi gravado totalmente com músicos africanos.
Paul conseguiu misturar o estilo tradicional sul-africano mbaqanga – estruturas de três acordes e harmonias de acompanhamento que lembra muito o R&B, que Paul tanto admira – com seu estilo próprio de criar melodias pop fascinantes. O resultado é um dos momentos mais lindos da carreira do artista e da música mundial. Paul Simon provou que a música não tem fronteiras e que ela é capaz de unir culturas em um mesmo espaço.
       O próprio Simon diria mais tarde que considera a faixa-título a melhor música que já compôs.

                                                                         
                                                                     download aqui

terça-feira, 6 de julho de 2010

discos que mudaram minha vida (parte 1) - Reggatta de Blanc - The Police





Quando eu era adolescente, lá por volta dos 15 anos, eu não entendia bem o que era esse tal de rock n´roll. Achava que A-HA, Bon Jovi, Bee Gees e Phil Collins eram o melhor que poderia existir no mundo (não querendo desmerecê-los, mas é obvio que existe coisa melhor para se ouvir). Certo dia estava eu folheando uma revista na banca, (pois é, adoro ler revistas de graça na banca, sou cara de pau mesmo - pra que pagar quando se tem acesso de graça? Isso também encaixa nos downloads, sou a favor da pirataria) exclusivamente sobre baterias e em uma das sessões  havia um artigo especial sobre o baterista da então, quase, desconhecida (para mim) banda inglesa The Police. Achei interessante a forma como o autor do artigo (a qual não lembro o nome) abordou a importância do baterista e da banda para as gerações que surgiriam no decorrer da década de 80, principalmente o Paralamas Do Sucesso, e quis saber um pouco mais sobre o trio que havia me despertado interesse. Meses antes, havia passado na TV um especial sobre a história do rock e em certo momento, tocou uma música fascinante que me deixou hipnotizado. Um belo videoclip em preto e branco e uma bela canção de amor a la dor de cotovelo, com músicos muito bonitos ( Sting, Andy Summers e Stewart Copeland), aquilo me encantou de uma forma, que eu disse para mim mesmo - essa é a minha banda!
stewart copeland, sting e andy summers
Parece bobagem para você, mas para mim ver Sting cantando foi um dos momentos mais inesquecíveis da minha vida. Conta a lenda que, certa vez, em um show em Manchester, em 1976. Uma banda punk chamada Sex Pistols havia tocado em um pequeno clube, a performance deles foi tão excepcional, que no dia seguinte, legiões de jovens compraram instrumentos e formaram bandas de rock, assim como esses jovens, após ter visto aquele video na TV, no dia seguinte eu fui às lojas a procura de um cd do Police, de preferência, uma coletânea tipo the best of, para ser apresentado ao som do grupo (vai que se eu fosse ouvir algum disco de estúdio não gostasse do som), meu primeiro álbum foi Reggatta de Blanc, não é um disco bom do início ao fim, e você precisa ter uma mente bem aberta para compreendê-lo. O interessante é como eu o consegui: rodei nas lojas da minha cidade, que eram poucas devido à pirataria crescente, e não encontrei nada. Já estava descrente, pensava comigo mesmo – hum, nunca vou encontrar nada do grupo. Ai certo dia, sem nem ao menos esperar, após ter lido aquela revista, lá do começo do artigo, eu entro num estabelecimento que vendia CDs piratas (tudo que você pudesse imaginar poderia ser encontrado lá, se não tivesse no momento, podia fazer encomenda) e encontro uma preciosidade, bem na minha frente, esperando por mim. Fio tão bacana que eu só podia imaginar que fosse providência de Deus, e foi mesmo. Naquele recinto, abençoado por Deus, eu podia encontrar toda a discografia do Police, não só do Police como também a do Sting, que eu nem sonhava que tinha uma prolífera carreira solo. Pois bem, agora o problema era: eu não tinha grana pra comprar o CD; e ai, o que fazer? Eu podia esperar até o dia seguinte, dar um jeito e conseguir uma grana emprestada. Naquela época, eu não trabalhava e vivia liso. O que eu fiz? pensei pensei pensei e então tive uma sacada genial. O movimento era tão grande, esperei um vacilo do proprietário e ops! Roubei um CD do Police! E adivinha qual foi? Reggatta de Blanc. Sai tão feliz de lá (e tenso também) que parecia pinto no lixo.


Com certo peso na consciência, mas também feliz por ter, enfim, acesso a obra do Police, cheguei em casa e corri pra o meu quarto, fechei a porta e coloquei o CD no meu discman (naquela época eu ouvia som num discman barato que comprei fazia um bom tempo, e que nunca me deu dor de cabeça!), quando começou a tocar eu não entendia o que era aquilo, um som estranho pra os meus ouvidos, acostumado a ouvir o pop meloso e comercial do A-ha e Bee Gees, aquilo tudo pra mim soava estranho. Eu nao entendia como um disco daquele, nada comercial pudesse ser tão bom e elogiado pela crítica. Eu fiquei decepcionado. Totalmente. Pulei todas as faixas pra ver se havia uma boazinha e nada. Foi uma decepção. Todo aquele auê criado em cima das obras do grupo foram por agua abaixo, nada mais fazia sentido na minha vida. Desisti da banda, descrente de todo o seu potencial talento que a crítica tanto endeusava. Só que, teimoso, como todo geminiano é, eu não parei por ai. – não pode ser! Deve haver algo de especial nessa banda, e eu nem ao menos ouvi os outros álbuns. - Eu tenho o terrível costume de julgar pela capa! – pois bem, decidi dar mais uma ouvidinha. Seria a definitiva, ou vai ou racha!
E foi!
Quando resolvi prestar atenção na primeira faixa me encantei! Simplesmente porque não havia percebido como “message in a bottle” é maravilhosa e vou provar pra vocês:
1.      A canção é um reggae super original, com uma batida de bateria simples e uma linha de baixo inesquecível.
2.      Sua letra é genial, fala de um solitário a beira mar, isolado numa ilha, que no final descobre que não é o único solitário no mundo;
3.      A canção influenciou centenas de bandas, pois aquela mistura de ritmos, ska, punk e reggae era algo até então inédito;
4.      The Police foi a banda mais prestigiada do movimento New Wave e muito se deve por causa dessa canção;
5.      Influência direta de bandas brasileiras, basta ouvir os primeiros sucessos do paralamas pra sentir a referencia clara ao trio;
6.      E por fim, sucesso absoluto, ficando em primeiro lugar nas paradas inglesas.

Quando veio o feeling! Percebi que aquele álbum era especial, comecei a entender que música boa não precisava ser comercial. Reggatta de Blanc tem algo de original que marcou o final da década de 70, três instrumentos, música simples e um som super original, eles conseguiam criar canções fascinantes e hipnóticas, com letras pop inteligentíssimas e simples melodias  ao mesmo tempo, tudo original e divertido.
Um exemplo claro dessa genialidade é a canção walking on the moon. Com uma linha de baixo simples, tornou-se um clássico instantâneo. Tipo Miojo em 3 minutos.
The Police pra mim é a melhor banda de rock do planeta!!!!!!!!!!!!!! E foi com esse álbum que cheguei a tal conclusão. Reggatta de Blanc mudou minha vida para sempre!!!!!!!!!!!
Se esse artigo te despertar curiosidade pela banda ou pelo álbum, ouça message in a bottle, walking on the moon, bring on the night e bed´s too big without you. Com certeza, são as melhores faixas! Boa diversão.

 se estiver interessado em baixar o album : download aqui