quarta-feira, 21 de julho de 2010

BLOG: 1001 VIDEOCLIPS PARA VER ANTES DE MORRER


O rock veio das AMS e ajudou a formatar o terreno das FM´s segmentadas. Quando surgiu o videoclip, veio a revolução que faria da televisão o palco para uma nova e colorida geração pop! O videoclipe se tornou um elemento essencial na divulgação de bandas e cantores. A MTV foi a causadora de toda essa revolução, a sua programação era recheada de videoclips que melhor representaram a então, nova geração: os yuppies, uma galera que apenas queria se divertir, curtir a vida sem a preocupação pela paz mundial, proposta pelos, então, ultrapassados hippies. No dia 1° de agosto de 1981 era inaugurada a era do videoclip
E ele tem uma importância fundamental na cultura popular mundial, criou moda, estilos, assustou (thriller), fez pensar (do the evolution) e depois de Michael Jackson, o videoclip se tornou fundamental na divulgação de um artista. Desde então infinitas bandas surgem com videoclips super criativos, cheios de imaginação e que marcaram época. Um bom exemplo é o video de take on me do A-HA. Quem pode esquecer a história romântica contada por meio de uma mistura de animação em preto-e-branco com imagens reais coloridas? E o caso do Eurythmics e seu video de sweet dreams, um dos melhores exemplos de música inseparável de videoclip.
A proposto do BLOG é apresentar uma seleção de 1001 videoclips para ver antes de morrer, desde os primórdios dos anos 60, quando eram pobres produções promocionais ou performances chatas ao vivo de artistas desde a sofisticação promovida pelos revolucionários e impactantes vídeos de Michael Jackson.
Em 1001 VIDEOCLIPS PARA VER ANTES DE MORRER apresento uma rica seleção de videoclips mais inesquecíveis de todos os tempos, abrangendo desde o rock n´roll dos anos 60 aos discutíveis anos 00. Esse blog vai guiar você por diferentes tendências e estilos visuais e mostrar o poder do videoclip e os sentimentos que ele causou em toda uma geração! Cada clip citado é contextualizado historicamente com comentários sobre os bastidores e curiosidades das gravações e/ou a vida dos artistas. Você vai encontrar alguns dos seus videos preferidos e descobrir muitos outros que merecem ser conhecidos



terça-feira, 20 de julho de 2010

Música africana (parte 1): Graceland - Paul Simon

       Paul Simon é um artista norte americano, que fez muito sucesso na década de 60 quando fazia parte da dupla Simon & Garfunkel, ao lado do parceiro Art Garfunkel, entre seus maiores sucessos estão, the sounds of silence, bridge over troubled water e mrs Robson. Nos anos 70, Simon seguiu carreira solo, sempre lançado discos interessantes como Paul Simon (1974) e Heart and Bones (1982), mas foi com Graceland  que o cantor obteve seu maior êxito comercial.
      Lançado originalmente em 1986, graceland é um belíssima homenagem a música africana. Com participações maravilhosas de Miriam Makeba (em “Under african skies”) e Ladysmith Black Mambazo (em “Diamonds on the soles of her shoes”), entre outros artistas africanos, o álbum foi um sucesso enorme e ganhou o Grammy de melhor álbum do ano, vendendo 14 milhoes de cópias.
Paul Simon

        O repertório conta com 11 canções de puro bom gosto e brilhantismo, mesclando ritmos africanos com uma sonoridade mais pop. Conta com participações de músicos da África da Sul, Senegal, Nigéria, Malawi e Zimbabwe. Alem disso é considerado um dos pilares do que ficou conhecido como World Music – estilo musical popularizado por Peter Gabriel, David Byrne e Sting.
        Um dos destaques de Graceland é o equilíbrio entre uma sonoridade mais pop com ritmos africanos, com vocais a capella, percussões a base de acordeon alem de participações de artistas africanos como a mama áfrica Miriam Makeba. Na verdade, o álbum foi gravado totalmente com músicos africanos.
Paul conseguiu misturar o estilo tradicional sul-africano mbaqanga – estruturas de três acordes e harmonias de acompanhamento que lembra muito o R&B, que Paul tanto admira – com seu estilo próprio de criar melodias pop fascinantes. O resultado é um dos momentos mais lindos da carreira do artista e da música mundial. Paul Simon provou que a música não tem fronteiras e que ela é capaz de unir culturas em um mesmo espaço.
       O próprio Simon diria mais tarde que considera a faixa-título a melhor música que já compôs.

                                                                         
                                                                     download aqui

terça-feira, 6 de julho de 2010

discos que mudaram minha vida (parte 1) - Reggatta de Blanc - The Police





Quando eu era adolescente, lá por volta dos 15 anos, eu não entendia bem o que era esse tal de rock n´roll. Achava que A-HA, Bon Jovi, Bee Gees e Phil Collins eram o melhor que poderia existir no mundo (não querendo desmerecê-los, mas é obvio que existe coisa melhor para se ouvir). Certo dia estava eu folheando uma revista na banca, (pois é, adoro ler revistas de graça na banca, sou cara de pau mesmo - pra que pagar quando se tem acesso de graça? Isso também encaixa nos downloads, sou a favor da pirataria) exclusivamente sobre baterias e em uma das sessões  havia um artigo especial sobre o baterista da então, quase, desconhecida (para mim) banda inglesa The Police. Achei interessante a forma como o autor do artigo (a qual não lembro o nome) abordou a importância do baterista e da banda para as gerações que surgiriam no decorrer da década de 80, principalmente o Paralamas Do Sucesso, e quis saber um pouco mais sobre o trio que havia me despertado interesse. Meses antes, havia passado na TV um especial sobre a história do rock e em certo momento, tocou uma música fascinante que me deixou hipnotizado. Um belo videoclip em preto e branco e uma bela canção de amor a la dor de cotovelo, com músicos muito bonitos ( Sting, Andy Summers e Stewart Copeland), aquilo me encantou de uma forma, que eu disse para mim mesmo - essa é a minha banda!
stewart copeland, sting e andy summers
Parece bobagem para você, mas para mim ver Sting cantando foi um dos momentos mais inesquecíveis da minha vida. Conta a lenda que, certa vez, em um show em Manchester, em 1976. Uma banda punk chamada Sex Pistols havia tocado em um pequeno clube, a performance deles foi tão excepcional, que no dia seguinte, legiões de jovens compraram instrumentos e formaram bandas de rock, assim como esses jovens, após ter visto aquele video na TV, no dia seguinte eu fui às lojas a procura de um cd do Police, de preferência, uma coletânea tipo the best of, para ser apresentado ao som do grupo (vai que se eu fosse ouvir algum disco de estúdio não gostasse do som), meu primeiro álbum foi Reggatta de Blanc, não é um disco bom do início ao fim, e você precisa ter uma mente bem aberta para compreendê-lo. O interessante é como eu o consegui: rodei nas lojas da minha cidade, que eram poucas devido à pirataria crescente, e não encontrei nada. Já estava descrente, pensava comigo mesmo – hum, nunca vou encontrar nada do grupo. Ai certo dia, sem nem ao menos esperar, após ter lido aquela revista, lá do começo do artigo, eu entro num estabelecimento que vendia CDs piratas (tudo que você pudesse imaginar poderia ser encontrado lá, se não tivesse no momento, podia fazer encomenda) e encontro uma preciosidade, bem na minha frente, esperando por mim. Fio tão bacana que eu só podia imaginar que fosse providência de Deus, e foi mesmo. Naquele recinto, abençoado por Deus, eu podia encontrar toda a discografia do Police, não só do Police como também a do Sting, que eu nem sonhava que tinha uma prolífera carreira solo. Pois bem, agora o problema era: eu não tinha grana pra comprar o CD; e ai, o que fazer? Eu podia esperar até o dia seguinte, dar um jeito e conseguir uma grana emprestada. Naquela época, eu não trabalhava e vivia liso. O que eu fiz? pensei pensei pensei e então tive uma sacada genial. O movimento era tão grande, esperei um vacilo do proprietário e ops! Roubei um CD do Police! E adivinha qual foi? Reggatta de Blanc. Sai tão feliz de lá (e tenso também) que parecia pinto no lixo.


Com certo peso na consciência, mas também feliz por ter, enfim, acesso a obra do Police, cheguei em casa e corri pra o meu quarto, fechei a porta e coloquei o CD no meu discman (naquela época eu ouvia som num discman barato que comprei fazia um bom tempo, e que nunca me deu dor de cabeça!), quando começou a tocar eu não entendia o que era aquilo, um som estranho pra os meus ouvidos, acostumado a ouvir o pop meloso e comercial do A-ha e Bee Gees, aquilo tudo pra mim soava estranho. Eu nao entendia como um disco daquele, nada comercial pudesse ser tão bom e elogiado pela crítica. Eu fiquei decepcionado. Totalmente. Pulei todas as faixas pra ver se havia uma boazinha e nada. Foi uma decepção. Todo aquele auê criado em cima das obras do grupo foram por agua abaixo, nada mais fazia sentido na minha vida. Desisti da banda, descrente de todo o seu potencial talento que a crítica tanto endeusava. Só que, teimoso, como todo geminiano é, eu não parei por ai. – não pode ser! Deve haver algo de especial nessa banda, e eu nem ao menos ouvi os outros álbuns. - Eu tenho o terrível costume de julgar pela capa! – pois bem, decidi dar mais uma ouvidinha. Seria a definitiva, ou vai ou racha!
E foi!
Quando resolvi prestar atenção na primeira faixa me encantei! Simplesmente porque não havia percebido como “message in a bottle” é maravilhosa e vou provar pra vocês:
1.      A canção é um reggae super original, com uma batida de bateria simples e uma linha de baixo inesquecível.
2.      Sua letra é genial, fala de um solitário a beira mar, isolado numa ilha, que no final descobre que não é o único solitário no mundo;
3.      A canção influenciou centenas de bandas, pois aquela mistura de ritmos, ska, punk e reggae era algo até então inédito;
4.      The Police foi a banda mais prestigiada do movimento New Wave e muito se deve por causa dessa canção;
5.      Influência direta de bandas brasileiras, basta ouvir os primeiros sucessos do paralamas pra sentir a referencia clara ao trio;
6.      E por fim, sucesso absoluto, ficando em primeiro lugar nas paradas inglesas.

Quando veio o feeling! Percebi que aquele álbum era especial, comecei a entender que música boa não precisava ser comercial. Reggatta de Blanc tem algo de original que marcou o final da década de 70, três instrumentos, música simples e um som super original, eles conseguiam criar canções fascinantes e hipnóticas, com letras pop inteligentíssimas e simples melodias  ao mesmo tempo, tudo original e divertido.
Um exemplo claro dessa genialidade é a canção walking on the moon. Com uma linha de baixo simples, tornou-se um clássico instantâneo. Tipo Miojo em 3 minutos.
The Police pra mim é a melhor banda de rock do planeta!!!!!!!!!!!!!! E foi com esse álbum que cheguei a tal conclusão. Reggatta de Blanc mudou minha vida para sempre!!!!!!!!!!!
Se esse artigo te despertar curiosidade pela banda ou pelo álbum, ouça message in a bottle, walking on the moon, bring on the night e bed´s too big without you. Com certeza, são as melhores faixas! Boa diversão.

 se estiver interessado em baixar o album : download aqui


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quem é esse tal de Damon Albarn?

Damon Albarn
      Primeiro veio o Blur, uma das bandas do Britpop mais originais surgidas na Inglaterra dos anos 90; depois surgiu com o projeto Gorillaz, uma ideia genial de juntar desenho animado e música da melhor qualidade que resultou num dos grupos musicais de maior sucesso dos últimos anos e ainda sobrou tempo pra se reunir com antigos integrantes do Clash, Verve e Afrobeat e criar a mais brilhante trilha sonora da vida londrina com sua outra nova banda - The Good, The Bad & The Queen. Estamos falando do  Damon Albarn , o mentor de todas essas bandas e um dos maiores gênios da música dos últimos tempos. É verdade que na história do rock, ele e sua banda Blur figuram como vices na disputa entre o Oasis pelo primeiro posto em influência e popularidade. Contudo, Albarn conduziu sua carreira de forma surpreendente e muito bem sucedida, diga-se de passagem, ao apostar em dois projetos inusitados: o primeiro, o Gorillaz, com integrantes transformados em personagens virtuais e uma mistura de Hip-Hop e rock, vendeu mais de 12 milhões de cópias ao redor do mundo de seus dois álbuns de estúdio - o brilhante Gorillaz e o ótimo Demon Days (eleito um dos 10 melhores álbuns de 2005, segundo a Rolling Stone) e o segundo projeto batizado de The Good, The Bad & The Queen. Uma "superbanda", com músicos consagrados por outros trabalhos como Paul Simonon, baixista da lendária banda punk inglesa The Clash; Simon Tong, ex-guitarrista do The Verve e o baterista do Afrobeat Tony Allen, todos músicos excepcionais em seus instrumentos.
Blur

     Em 1989, Albarn junta-se a amigos da faculdade e formam o grupo Seymour, mudando mais tarde para Blur, com o Blur eles alcançam o estrelato na Inglaterra com o álbum Parklife (1994), um desfile de preciosidades, que retratavam os costumes do povo londrino, a obra prima do quarteto só não alcançou sucesso planetário porque seus temas ainda giravam em torno dos costumes ingleses. Porém em 1997 veio o estouro mundial com o álbum homônimo e o grande hit de dois minutos song 2. A canção foi um marco na carreira do grupo, tornando-os conhecidos no mundo todo e definindo o novo som do grupo. A mudança veio devido ao crescente declínio que o Britpop (estilo musical mais popular e influente da Inglaterra no anos 90 por causa de bandas como Oasis, Suede e o Blur) estava sofrendo. agora com guitarras mais barulhentas, com influências do Pavement, Sonic Youth e Dinossaur jr.  o Blur já podia se sentir renovado. Entretanto os tempos eram outros e após o lançamento do sexto álbum  de estúdio "13" a  banda não conseguiu manter o sucesso de antes, assim como outras bandas do britpop como Oasis, The Verve e Travis.
single de "Stylo" do Gorillaz

       Em 2001, após o fim não oficial da banda, Damon decide trabalhar em um projeto paralelo, chamou alguns músicos e o cartunista Jamie Hewlett, criador da HQ Tank Girl e criou o grupo Gorillaz. Um sucesso mundial. a banda que misturava batidas hip-hop e rock fez tanto sucesso que depois ninguém lembrava mais que o seu mentor era vocalista do Blur, isso devido ao fato de que o grupo era formado por personagens virtuais, uma novidade, "avatares" que representavam os quatro integrantes oficiais: Tina Weymonth (Talking Heads e Tom Tom Club), o DJ canadense Kid Koalae o veterano cantor cubano Ibrahim Ferrer. com músicas como Clint Eastwood, Feel Good Inc. e Dare eles alcançaram a parada de sucesso e foram trilha de muitas baladas. Recentemente o Gorillaz lançou mais um álbum de inéditas, intitulado Plastic Beach. Desta vez, com participação de músicos como Lou Reed, Paul Simonon e Mick Jones (também do Clash)entre outros. Vale a pena dar um ouvida, o disco é bom do inicio ao fim e promete ser um dos destaques de 2010.
Da esquerda para a direita:Simon Tong, Paul Simonon, Damon Albarn e Tony Allen: The Good, The Bad & The Queen
























        Em 2007, chega as lojas The Good, The Bad & The Queen, "uma misteriosa obra sobre Londres" - assim definiu Albarn, um disco genial com produção sofisticada, criando um carrossel de melancolia, cujo resultado final deixa o ouvinte com vontade de ouvir mais. A novidade agora é um passeio pela música africana, o pop inglês ( pode-se perceber influencias do álbum Parklife), o jazz e o hip hop americano - alias, este estilo musical está sempre presente nos últimos projetos do vocalista.

Blur do Blondie: paródia com o álbum Parallel Lines

      com certeza eu posso afirmar sem medo que Damon foi  um dos maiores genios da musica dos últimos 20 anos. Ele compôs vários sucessos que marcaram uma geração, influencia muitos grupos ingleses e de todo o mundo, liderou aquela banda que para muitos foi a principal percussora do movimento Britpop, o Blur. Criativo, Albarn não se prendeu apenas ao seu grupo e busca sonoridades diferentes com outros projetos, como o Gorillaz e o The Good, The Bad & The Queen e apesar de sua primeira banda ter perdido o duelo com o Oasis, ele sim, pode ser considerado um vitorioso. Reinando na cena pop inglesa com maravilhosos trabalhos, que repercutirão por muitos anos.
       Já o Neil Gallager, bom, esse só ficou no Oasis mesmo, assunto para o próximo post!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Introspective, ainda continua um grande álbum

                                          
Já fazem mais de 20 anos que o duo Pet Shop Boys (formado por Neil Tennant e Chris Lowe) lançou um dos maiores discos da história da música eletrônica. Um dos maiores símbolos dos anos 80 havia a um bom tempo lançando álbuns de espetacular qualidade(vide Please e Actually) e sucesso, mas foi com esse disco que, em 1988 eles alcançaram o topo do sucesso, principalmente aqui no Brasil, onde, segundo os arquivos da EMI, foi o album da gravadora mais vendido no país. Começa com o pretensioso e lindo arranjo de orquestra em Left To My Own Devices, certamente uma das canções mais lindas do álbum; na sequencia temos a ótima I Want a Dog ( " eu quero um cão, um chihuahua / quando eu chegar ao meu pequeno apartamento / preciso ouvir alguém latir; você pode se sentir tão só "); com direito a um solo de piano brilhante, depois segue a pop e ensolarada Domino Dancing (sucesso absoluto nas rádios brasileiras do fim da década). A seguir I'm Not Scared, um exemplo de como é possível juntar melancolia a uma batida dance (com letra e arranjo impecáveis, a faixa contém samples de gravações da tv francesa do maio de 1968). na sequência temos duas versões; Always On My Mind (que torna a versão original esquecível) e I'ts Alright, do produtor sterling void, que fecha o disco em grande estilo, com uma levada poderosa. esta última tem produção de Trevor Horn (assim como left to my own devices)
 Introspective é, sem dúvida, um dos 10 melhores discos dos anos 80. Com uma produção caprichada e a capa ousada para a época (remetia ao simbolo GLS :as sete cores do arco-iris) tornou-se um clássico instantâneo, sucesso absoluto de crítica e público. Após mais de 20 anos ele continua fascinante e ajudou a transformar o Pet Shop Boys numa lenda da música eletrônica, ou do synth pop, como é melhor definido o som deles.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A RAINHA ESTÁ MORTA

O ano de 1986 foi marcado por grandes acontecimentos que marcaram a década: Chernobyl é assolada por um desastre nuclear.; o plano cruzado é criado;  Peter Gabriel lança um dos álbuns mais importantes do mundo pop " so" e aconteceu a explosão do ônibus espacial americano Challenger. Mas também foi um ano espetacular para a música inglesa. Em julho de 86 o grupo de manchester The Smiths lança o álbum que é considerado sua obra prima, "THE QUEEN IS DEAD". Revistas como Spin, Melody Maker e Rolling Stone elegeram como um dos 10 melhores álbuns de todos os tempos. E não foi a toa. Todo esse prestígio alcançado  tem seu motivo: The Queen Is Dead é de uma beleza imaculada e permanece como um dos  mais belos discos de rock de todos os tempos.

Antes de mais nada vale ressaltar que o Smiths foi uma banda revolucionária para a época, eles foram os responsáveis pela revolução do rock britânico, botando um fim na era dos sintetizadores e trazendo de volta as guitarras. As letras de Morrissey - de quebra, ultra polêmicas - se adaptavam perfeitamente às melodias de Johnny Marr (talvez a maior dupla da historia do rock, depois de Lennon/Mcartney e Jagger/Richards) e juntamente com Andy Rouke(baixista) e Mike Joyce( baterista) formaram o The Smiths, a banda mais importante da inglaterra dos anos 80.

 O álbum, assombroso mas, ao mesmo tempo hilariante, é um ataque selvagem a familia real,principalmente a Margareth Thatcher, que na época ocupava o cargo de primeira ministra. A dama de ferro, como era conhecida, conservadora até a medúla e com cara de poucos amigos, chegou no poder fazendo varias reformas trabalhistas, defendendo o fim da educação gratuita, a privatização de várias empresas e a criação de novos impostos. O desemprego aumentou muito naquela época e isso causou a fúria dos ingleses e Moz, claro, não deixou passar em branco e desabafou todo o seu odio por Thatcher  e a então, atual rainha da inglaterra Elisabeth II gritando que a rainha está morta e os jovens não precisam mais se preocupar. Simplismente sensacional.

As letras de Morrissey, com referências homossexuais estão presentes nas canções "the boy with the thorn in his side" e "there´s a light that never goes out". esta, considerada a mais bela de todas, e não é por menos. o refrão cortante em que o sagaz Moz canta o desejo de morrer ao lado da amada ( ou do amado), morte essa abençoada, pois o prazer e o privilégio de morrer seriam dele. "cemtery gates" é uma crítica aos criticos que acusam moz de plagiar oscar Wilde:

"Não plagie ou pegue "emprestado"
Porque há sempre alguém, em algum lugar
que é narigudo e sabe
E que te passa uma rasteira e ri
Quando você cai
E que te passa uma rasteira e ri
Quando você cai"

Em "bigmouth strikes again"o desbocado Moz ataca outra vez, e é condenado por isso. agora ele sabe como Joana D'Ark se sentiu. Na verdade a letra insinua que o que Morrissey fala é tão ofensivo a ponto de não merecer fazer parte da raça humana. Uma auto critica bem cínica sobre o teor das letras, polêmicas e que incomodavam os burgueses da Inglaterra.
"some girls are bigger than other", apesar de ter uma letra simples, dá margens a várias interpretações por sua suposta anbiguidade.
The queen is dead será sempre lembrado pela beleza e enorme influência que causou nas bandas brasileiras, especialmente o Legião Urbana, que apossou temas como angustia e solidão em suas músicas. Mas nenhuma banda conseguiu alcançar a qualidade dessa obra prima dos anos 80, que sempre será lembrado com o maior trabalho já feito pelo grupo.

fontes: CD Boomerang: new wave; Bizz: a história do rock; 1001 discos para ouvir antes de morrer.

download do album http://nobrasil.org/0584-the-smiths-the-queen-is-dead/:

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Def Leppard - Hysteria


o Def Leppard é uma das bandas de hard rock mais amadas do mundo. Tendo vendido milhões de discos e chegado ao topo da parada com esse álbum pesado e sensacional. Hysterial marcou o auge do grupo, vendendo mais de 16 milhões de cópias e 7 singles nas paradas de sucesso. O seu maior hit foi love bites, uma balada ultra-romântica que fez muito sucesso no Brasil com a versão breguíssima (essa palavra não existe mas eu quiz usá-la) do grupo farofa Yahoo (argh), "quando faz amor/ se olha no espelho", lembra, né? pois bem. Mas não só de baladas agridoces é composto essa obra prima do hard rock, só na primeira audição de Animal já dá pra perceber o potencial da música; a minha preferida do grupo tem uma letra animal (desculpa o trocadilho) :

"E eu quero, e eu preciso E eu anseio animal Me pegue, pegue-me Faça de mim seu animal Me mostre me afague Deixe-me ser seu animal Eu quero, ooh yeah, animal"

a canção é muito bacana mesmo, um clássico oitentista que só deve ser ouvido no volume máximo, pois é impossivel aproveitá-la no som baixo. Outro clássico é a faixa título, uma balada que não chega a ser cafona como Love Bites e possui uma harmônia de arranjos muito firme. Além de animal , Love Bites e Hysteria, outros sucessos tocaram muito nas rádios estadunidenses: Women, Run Riot, Armagedon It, Rocket e Pour Some Sugar On Me. Esta última tem uma história curiosa: quando ela estourou nas rádios virou trilha sonora de clubes de striptease de todo o país. não é difícil supor porque:

"Escute! Luz vermelha, luz amarela, luz verde - vai!
Mulherzinha louca em um show de um homem só
Rainha do espelho, manequim, ritmo do amor
Doce sonho, sacarina, relaxe"

"Jogue um pouco de açúcar em mim
Oh, em nome do amor
Jogue um pouco de açúcar em mim
Venha, excite-me
Jogue um pouco de açúcar em mim
Oh, eu não estou satisfeito o bastante"


"Você tem os pêssegos, eu tenho o creme
Sabor doce, sacarina
Porque eu estou quente, tão quente, doce grudado
Da minha cabeça aos meus pés

Você quer açúcar? Uma colher ou duas?"

animaaaaaaaaaaaal !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Seu grande sucesso nos EUA demostrou que valeu a pena investir uma fortuna na produção (se vendesse menos de 5 milhoes de cópias o disco daria prejuizo) , Hysteria chegou a vender 1 milhão de cópias por mês ( parece história de michael jackson) nos 6 primeiros meses do lançamento. O total acumulado é de 12 milhoes só na terra do titio sam.

hysteria deixou sua marca na história do rock.